A Prefeitura de Limeira confirmou a estrutura de saúde que a cidade vai receber após assinatura do convênio com o governo federal para o programa “Crack, é possível vencer”. De acordo com a coordenadora de Saúde Mental, Tânia Mileny Seraphim, Limeira terá até 2014 um Caps-AD 24 horas (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Drogas), um consultório de rua e uma unidade de acolhimento.

Inicialmente, o município tinha dado prioridade somente ao Caps 24 horas, mas, segundo Tânia, o programa exige o atrelamento das três estruturas. “Hoje, a cidade possui apenas o Caps-AD, que realiza 150 atendimentos de diversas drogas, com dois leitos de repouso, que não são 24 horas”, falou. O município ainda oferece, mediante convênio, nove leitos no Hospital Humanitária para pacientes em surto.

Com a construção do Caps 24 horas, o atendimento será ininterrupto e existirão leitos para que o dependente permaneça no local por até quatro dias. “Será um atendimento diferenciado para cada dependente químico. Também haverá abordagens na rua com profissionais do Caps (consultório na rua) e a unidade de acolhimento, onde aquelas pessoas que não têm família terão um período de recuperação”, explicou.

O “Crack: é possível vencer” ainda engloba as áreas social e de segurança. Na área social, o Ceprosom (Centro de Promoção Social Municipal) vai aumentar a equipe de abordagem – hoje formada por duas pessoas – e melhorar o atendimento no Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social).

“O serviço de atendimento as famílias e pessoas que fazem uso de álcool e drogas, que oferece apoio de psicólogos, assistente social, oficinas e cursos, será ampliado”, declarou a presidente da autarquia, Ana Maria Sampaio.

SEGURANÇA NA CIDADE LIMEIRA
Como o Jornal de Limeira já tinha anunciado, a pasta de Segurança receberá um ônibus de monitoramento e 20 câmeras que serão instaladas na principal área de consumo de crack da cidade – o eixo entre o viaduto Francisco D’Andréa (Laranjeiras), na avenida Laranjeiras, e o viaduto Laércio Corte, englobando a região da baixada, linhas férrea e rodoviária, Machina São Paulo até o Centro do Idoso. “O monitoramento vai ser feito por cerca de 10 guardas, que estarão treinados para abordar essas pessoas”, falou. No total, 40 gcms (guardas civis municipais) serão capacitados para atuar nesse trabalho de abordagem.

Segundo o secretário, a maioria dos viciados em crack é morador de rua e precisa de um apoio social. “O guarda não vai fazer a repressão, e sim trazer ajuda. Esta região escolhida é a que apresenta maior número de cenas de uso de drogas”, disse. Todos esses serviços serão oferecidos por meio do convênio com o governo federal.

Fonte: Prefeitura Limeira