Limeira tem cerca de 300 moradores de rua, segundo estimativa da presidente do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), Ana Maria Leme da Silva Sampaio. A maioria é homem, tem idade entre 30 e 59 anos, reside no município há cinco anos e abusa de bebidas na cidade Limeira ou drogas.

Devido ao aumento de 376% em dois anos, pois em 2011 o registro era de apenas 63 moradores de rua, o órgão iniciará na segunda quinzena deste mês um diagnóstico da situação social destas pessoas na cidade. O objetivo é dar assistência a eles e sugerir retorno para cidade de origem.

“Muitos moradores de rua têm ocupado áreas públicas do município. A proposta agora é atualizar um diagnóstico que foi realizado só há dois anos e que hoje é visível a mudança daquele período”, disse Ana Maria. A presidente relata que muitos moradores da cidade têm reclamado da situação.

Os  moradores de rua ocupam praças, viadutos e até casas abandonadas da cidade. Para ela, o maior problema é a falta de políticas públicas para tratar estes dependentes. “Há ausência ainda mais na área de saúde mental. Tem gente que não consegue se livrar sozinho do vício e precisa do apoio do poder público.”

A maior dificuldade dos moradores é a volta para a cidade de origem. Muitos não conseguem pedir ajuda às famílias. O Ceprosom também quer descobrir qual a origem desses moradores de rua. “O mapeamento vai nos ajudar a entender quem são estas pessoas e como podemos ajudá-los”, disse a presidente do órgão.

Quem é abordado e aceita a orientação do Centro de Referência Especial da Assistência Social (Creas Pop) pode ser levado à Casa de Convivência, que acolhe homens e mulheres. Atualmente, são cerca de 40 pessoas abrigadas nesse local.

Fonte: G1