A merenda escolar de Limeira será incrementada depois de uma década de aguardo. É que a partir de segunda-feira, dia 14, o cardápio terá a inclusão de suco de laranja. O alimento chegará às unidades embalado em caixa longa vida. A Cooperativa dos Citricultores de Engenheiro Coelho e Região (Cocer) é quem assinou o contrato com a prefeitura, que vence no dia 30 de junho deste ano ou até o término da quantidade. O valor soma R$ 928.965,00.

Embora o fornecimento seja positivo, houve demora na implantação de uma legislação. A Lei Municipal nº 3.155, de 5 de janeiro de 2000. Ou seja, o atraso foi de 11 anos. A proposta de autoria do ex-vereador Fausto Antonio de Paula (PDT) prevê a inclusão de laranja “in natura”, ou suco, no cardápio da merenda escolar. Atualmente, somente as creches fornecem diariamente suco – e não necessariamente de laranja. São de frutas variadas.

Presidente do Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Edivaldo Mendes da Costa observa o atendimento de uma outra lei. A federal 11.947/09, cuja finalidade é a compra de produtos da agricultura familiar. E com a implementação do suco, pelo menos 104 citricultores serão beneficiados. A relação foi publicada no Jornal Oficial do Município no dia 5 deste mês. “É o primeiro passo para a agricultura familiar. A princípio, a compra é de laranja, mas poderá ser de outras mercadorias produzidas aqui”, fala.
A estreia do suco acontecerá na segunda-feira. Metade dos estabelecimentos educacionais receberá o alimento. E no dia 21, a outra metade. Ao todo, 55.136 alunos – atendidos pela merenda escolar – serão beneficiados. São estudantes de creches, pré-escola, ensino fundamental, mais educação (programa federal), ensino médio e EJA. “Entidades filantrópicas, que recebem a merenda do município, também serão atendidas com o suco”, observa Costa.

CITRICULTOR
Um dos fornecedores de laranja para a cooperativa é o citricultor Rogério Baaszh, do bairro Água Espraiada. Ele acredita que a introdução do suco no cardápio das escolas poderá alavancar a produção de laranja. “Aquece o mercado e vende mais suco”, cita. Hoje, a maioria dos produtores negocia com a indústria.

Produtor de 15 mil pés de laranja, Baaszh pensa inclusive daqui um certo tempo renovar ou aumentar seu pomar. “Se vender mais, a citricultura vai ficar movimentada. Aí, a gente pode pensar em investir mais”, comenta.

Fonte: Jornal de Limeira