Música em escola daqui a quatro meses em Limeira
quinta-feira, 28 de abril de 2011As escolas públicas e privadas, de todo o País, têm até agosto deste ano para incluírem o ensino da música na grade curricular das instituições.
O prazo, que está se encerrando, foi determinado pela lei nº 11.769 em agosto de 2008. O ensino volta a ser obrigatório nas instituições nos ensinos fundamental e médio.
Em Limeira, as escolas estaduais ainda não têm uma matéria específica para a música. De acordo com a professora coordenadora da disciplina de artes, Regina Cristina Rebelato Forti, as escolas estaduais seguem um currículo do Estado que trabalha a disciplina de artes. “Nessa disciplina temos o ensino do teatro, dança, artes visuais e música. Mas nada voltado apenas para música. Ainda vamos ter que incluir”, fala.
Coordenadora de educação infantil e responsável pela área de música na Secretaria Municipal de Educação, Maria Cecília Schulz diz que em Limeira a educação musical é trabalhada desde 2007 em todas as escolas – desde o berçário até o 4º ano do ensino fundamental. “Dentro da grade de artes, uma vez na semana, as escolas fazem atividades relacionadas à música. Temos a apreciação, onde os alunos ouvem músicas diferentes daquelas que estão acostumadas; o projeto orquestra, em que bandas vão até as escolas para despertarem o interesse sobre o assunto nas crianças, e a educação musical, com noções de ritmo, altura do som e vozes. E em algumas escolas já existe ensino de música com flautas”, cita.
De acordo com a coordenadora, já há professores capacitados para estas aulas e outros docentes que ainda fazem a capacitação, por isso que algumas escolas ainda não ministram aulas de flauta.
DIFICULDADE
Conforme Maria Cecília, ainda não há como se adaptar às exigências da lei. “A lei não deixa claro se o professor deve ser formado na área, quem deve contratar esse professor, se pode ser educador da própria escola ou terá que ser um profissional de fora, quais os instrumentos que serão ensinados, qual a carga horária, se haverá aulas práticas e teóricas, enfim, ainda não recebemos o projeto”, afirma.
Fonte: Jornal de Limeira